Quais os sintomas do Pé Diabético? Confira o Diagnóstico!

Existem diversos quadros que podem sinalizar o avanço na degradação do pé de quem é diabético, entretanto, na maioria das vezes nada acontece de uma hora para outra. Estar atento aos sintomas do pé diabético para obter um tratamento precoce é essencial.

O surgimento de úlceras plantares ocorre principalmente pelo fato que o paciente com neuropatia diabético deixa de ter sensibilidade na região plantar dos pés. Associado a esta insensibilidade, o suprimento vascular dos pequenos e grandes vasos estão também prejudicados, fazendo com que feridas recebam pouco suprimento sanguíneo, reduzindo sua capacidade de cicatrização.

Sintomas do pé diabético úlcera plantar

Por este motivo, qualquer trauma que este pé receba, podendo ser desde manter uma pedrinha o dia todo dentro do calçado até pisar em um solo quente, geram úlceras, já que o paciente perde a capacidade de sentir estímulos noviços aos pés.

Caso esteja sentindo desconforto com Sintomas do pé diabético, opte desde o princípio um acompanhamento próximo de um profissional.

O que é pé diabético?

Pé diabético é definido pela International Working Group on the Diabetic Foot (IWGDF) por uma infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos moles associadas a alterações neurológicas em vários graus de doença arterial periférica (DAP) nos membros inferiores”.

Qual a incidência do pé diabético?

Possui uma incidência anual de 2-4% e prevalência de 4-10% em portadores de diabetes. Isto significa que 25% dos diabéticos terão uma úlcera ou outros sintomas do pé diabético ao longo da vida.

pé de diabético sintomas
Fonte: imagem retirada da Web.

Este fato é preocupante pois quando há demora no tratamento, o risco de amputação parcial ou total do pé eleva-se exponencialmente. Sabemos hoje que 85% das amputações dos pés são precedidas por úlceras.

Quais as causas do pé diabético?

O estado hiperglicêmico (níveis altos de glicose no sangue) intermitente e por longos períodos observados nos diabéticos geram lesões em pequenos e grandes vasos sanguíneos do corpo.

As lesões dos grandes vasos são as responsáveis por causarem entre outras doenças, AVCs ( Acidente Vascular Cerebral) e Infartos. Já as lesões dos pequenos vasos atacam principalmente os olhos, rins e nervos, gerando retinopatia, nefropatia e neuropatia diabética, respectivamente.

Polineuropatia Diabética

A neuropatia diabética é caracterizada por algum grau de disfunção sensitiva, motora ou autonômica dos nervos periféricos, sendo a polineuropatia distal simétrica a neuropatia mais prevalente, afetando pelo menos 50% dos pacientes diabéticos.

Diversos fatores de risco são descritos como responsáveis pelo seu aparecimento que inclusive compõem os sintomas do pé diabético, tais como: o descontrole glicêmico, hipertensão arterial, hipertrigliridemia, obesidade, envelhecimento, duração da diabetes e o sexo feminino.

Como é feito o diagnóstico de pé diabético

O diagnóstico de pé diabético requer uma avaliação clínica cuidadosa para identificar os sinais e sintomas associados à condição. O processo de diagnóstico envolve:

Diagnóstico pé diabético
Fonte: diagnóstico pé diabético. Imagem retirada da Web.
  • Histórico médico:

Histórico médico do paciente, incluindo o diagnóstico de diabetes, o controle glicêmico, o histórico de lesões nos pés, a presença de sintomas como dormência, formigamento ou dor nos pés, além de quaisquer tratamentos anteriores relacionados aos pés.

  • Exame físico:

Exame físico completo dos pés, observando a pele, a temperatura, a presença de feridas, úlceras, deformidades, alterações na cor ou no formato dos pés, além de avaliar a sensibilidade e o pulso nos pés.

  • Testes complementares:

Exames de laboratório, como análise da glicemia, hemograma completo e outros testes específicos, se necessário. Além disso, exames de imagem, como radiografias, ressonância magnética e doppler arterial, podem ser realizados para avaliar a circulação sanguínea e a presença de complicações nos tecidos profundos.

Como prevenir os sintomas do pé diabético?

As principais recomendações preventivas são:

1- Inspecionar os pés (dorso, dedos, espaço interdigital e planta), de modo que o paciente entenda que por não possuir sensibilidade, apenas encontrará lesões se observar os pés.

Caso não possua acompanhantes para ajudar, o uso de espelhos ou câmeras fotográficas podem ser uma saída. Procure por bolhas, calosidades, rachaduras e úlceras.

2- Durante o banho, lavar os pés com água morna. Para testar a temperatura da água, utilize sempre as mãos ou peça ajuda para alguém, de maneira que nunca coloque inicialmente os pés em contato com a água sem antes saber se a temperatura está correta.

Sintomas pé diabético
Fonte: imagem retirada da Web.

Caso tenha dificuldade de lavar os pés, peça ajuda ou opte por tomar banho sentado. A limpeza deve ser realizada de preferência com sabonete neutro e hidratante, sem o uso de buchas ásperas, não esquecendo de limpar também entre os dedos.

3- Secar os pés após o banho é tão importante quanto lavá-los. Este deve ser realizado de forma cuidadosa e eficiente, principalmente nos interdígitos, usando tecido de algodão macio. Caso haja dificuldade nesta etapa, pode-se utilizar secador de cabelo no modo frio.

4- Aplicar creme hidratante corporal nas pernas e nos pés afim de manter a pele hidratada, evitando assim rachaduras, que é um dos sintomas do pé diabético. Não passar entre os dedos.

5- Utilizar meias de algodão grossas, sem costuras, sem elásticos e brancas. Isto projete os pés contra atritos dos calçados e dissipa o suor. Inspecione as meias sempre após seu uso, por serem brancas ajudam a identificar secreções em caso do surgimento de feridas.

6- Nunca ande descalço, mesmo que dentro de casa. Isso evita o surgimento de feridas nos pés e os protegem contra traumas. Ao calcar os sapatos, sempre os inspecione, a procura de objetos que possam machucar o pé.

7- Os calçados não devem ser escolhidos pele estética, e sim pelas suas características anatômicas. Prefira aqueles com solado firme, com palmilhas confortáveis e sem costuras internas pois essas causam atritos.

Sapato ideal para pé diabético
Sapato ideal para prevenir pé diabético.

O comprimento e largura do sapato devem acomodar bem o pé, de modo que não os apertem, assim como a altura da câmara anterior devem ser altas o suficiente para evitar o atrito dos dedos. O tecido deve ser flexível e pouco elástico, evitando fibras sintéticas.

8- Quando realizar a troca do calçado, use o novo com cautela, iniciando com uma hora de permanência para avaliar se ele gera atritos e para que laceie progressivamente.

9- Mantenha suas unhas sempre aparadas retas, unhas encravadas ou curtas e traumas durante o manejo delas, podem gerar portas de entrada para microrganismos, gerando complicações locais e até sistêmicas se não rapidamente diagnosticas e tratadas.

10- Oriente a importância de um bom controle glicêmico, dos malefícios para saúde do tabagismo e bebidas alcoólicas.

11- Faça um acompanhamento regular conforme frequência orientada pelo seu médico e o comunique caso imediatamente caso ocorra imprevistos ou tenha dúvidas.

Por último, mas longe de ser o menos importante: no menor de desconforto ao sentir os sintomas do pé diabético, busque um especialista no assunto para lhe acompanhar de perto que fará os procedimentos corretos para coibir o avanço desse quadro.

Estamos à disposição, sempre preparados para lhe auxiliar com competência.